"Abaporu" - Uma nova releitura da obra de Tarsila do Amaral.

Abaixo o quadro original pintado por Tarsila do Amaral em 1928, e que foi dado de presente a seu marido Oswald de Andrade, que se encantou tanto com ele que acabou tornando-o ícone de um novo movimento cultural brasileiro, a "Antropofagia". Hoje o quadro Abaporu, é tido como a obra mais cara produzida por um artista brasileiro no mundo todo.

Esta será a base do painel que deverá medir 0,75cm por 1,15 cm.

Etapas à seguir:

* Preparar a base de madeira, tirando um pouco da altura da peça, tornando-a mais proporcional. Suas medidas agora estão em: 0,70 por 1 metro;
*Passar cola com pincel, e fixar um tecido de "americano cru", fazendo os arremates necessários nas bordas deixando a superficie mais regular possível;

A seguir: madeira e cola; tecido colado e fixado nas bordas.

*Depois de seco, espatular com massa corrida toda a superfície, com massa corrida em aplicações generosas; A seguir: inicio da aplicação da massa corrida; painel preparado com massa corrida e espátula para ser a base.

*Depois de seco, riscar o desenho à carvão, sobre o fundo regular de massa corrida; utilizar o seguinte rascunho:

A seguir: a imagem transferida para o painel, em dieferentes ângulos.

Uma pequena modificação no desenho, a cabeça ficou desproporcional ao modelo:

* Prosseguir aplicando massa corrida em abundancia, utilizando espátula, colher, e até as mãos, criando texturas diferentes em cada parte do desenho. Pode-se utilizar desde palitos de churrasco (para riscos mais profundos - ideal para contornos), à pente de cabelo (com dentes largos - ideal para o cacto). agindo assim cria-se uma obra totalmente nova, com "apelo" ao sentido do tato.

* Pode ser que seja necessário aplicar várias demãos de massa corrida, pois ela costuma "murchar" enquanto seca, assim, se for o caso, só se fará novas aplicações quando a demão anterior estiver totalmente seca;
A seguir, diferentes ângulos da textura criada para o fundo, o cacto e para o sol:

* Após essas etapas, e com a massa corrida totalmente seca e firme, segue-se a fase da pintura. Deve-se ou pode-se escolher tintas com cores vivas tais como: Ocre, Amarelo limão, Verde (claro e escuro), Azul (claro e escuro), Vermelho, Laranja e Preto.
Etapas da pintura do painel: Pintura do Céu: Azul escuro, azul claro e branco;

Pintura do Cacto: Verde escuro, verde claro e amarelo;

Pintura do Sol: Amarelo, branco, laranja e vermelho;

Pintura do Corpo: Amarelo, branco, ocre, e marrom misturado ao branco;

Pintura do Cabelo e Rosto: Preto;

Pintura do Chão: Verde claro, verde escuro e amarelo;

A pintura nesse ponto ainda necessitava de alguns retoques com Siena natural e verde pinheiro;

Para ficar assim, repare o detalhe do rosto como ficou e o sombreado das extremidades do corpo.

* Somente após concluída a secagem da pintura do painel é que deve-se utilizar verniz, apenas uma demão já será o suficiente para garantir que a obra fique protegida, podendo inclusive ser limpa com um tecido umedecido em água (devido ao fato de textura acumular poeira). Quanto ao verniz, pode-se utilizar verniz para madeira fosco ou brilhante, contanto que seja incolor. Com a aplicação do verniz, as cores ficarão mais fortes e o Abaporu ficará ainda mais impressionante e hipnotizante para quem for admirá-lo.

Bananas, e a sede de "madurar", que coisa estranha, crianças parecem bananas querem ver?

Alguem já comeu uma banana hoje???

Bem comi uma e estou com azia até agora... Ai pensei numa coisa que minha vó me falou uma vez, e acho que muita gente que mora no interior já deve ter ouvido: "Tem gente que coloca carboreto pra madurar mais rapido". Se é verdade não sei sinceramente, Mas que devem fazer alguma coisa com as bananas, ah, isso devem com certeza! Agrotóxicos muito de monte! Que mal tem comer uma banana com alguma manchinha escura? Quando era criança comia bananas e realmente (devo admitir) não gostava das tais manchinhas escuras, era justamente onde as bananas estavam mais passadas. Mas hoje já não preciso me importar, afinal parece que as bananeiras estão mesmo em extinção. Hoje compra-se banana por quilo, e claro elas são praticamente perfeitas, amarelinhas, sem manchas, firmes, mas oh, sem gosto algum! Deve ser por causa do carboreto, já dizia minha avó.

Bem deixemos um pouco as bananas de lado pois na verdade não é este o motivo deste post. O motivo é a sede de dinheiro que força as bananas a se tornarem maduras, perfeitas (esteticamente falando) consequentemente atraentes, porém sem sabor. Vocês já ouviram falar em crianças precoces? É, é aí que eu queria chegar falando nas bananas. Muitas jovens, na verdade crianças ainda por volta de seus 10, 11 anos de idade poderiam ser comparados às bananas que mencionei, não tanto no caso dos garotos, pois estes "amadurecem" lentamente, isso é claro, quando amadurecem. Mas não é isso que acontece com as meninas. Querem um exemlo? Imaginem uma jovem que brinca de Barbie em sua tenra infancia, logo ela se interessará por produtos cosméticos, é fato! As Barbies apesar de nunca envelhecerem (bonecas) de fato se tornam cada ano mais ricas, vendendo sonhos de princesas e reinos encantados, mas só isso não dá lucro. Elas são também portadoras de uma mensagem, um ícone: "Pra ser uma mulher bem sucedida, você tem que ser alta, atraente, bonita, e maquiagem impecável (fora outras coisas)." Daí as meninas começam a sentir atração pelo mundo adulto mais cedo do que a Natureza exige. Há então uma necessidade (interesse, ou pressa) em adiantar a primavera.

As meninas dessa idade começam a procurar roupas que só deveriam lhes serem permitidas depois de 15 ou até 18 anos! Usam maquiagem carregada, e saltos muitas vezes altíssimos! O pior de tudo que nessa idade, muitas delas por não terem muito apoio em casa, e, devido à influencia da puberdade, se sentiram capazes de sair à noite e as vezes até de namorar. Vejam só! Quem acha que estou errado ou exagerando me critiquem!

Voltemos às bananas. Quando comparo as crianças precoces com bananas, creio não estar totalmente equivocado. Afinal, não passam de algo que a natureza em sua sabedoria lhes deu o tempo certo para germinar, crescer, se formar e amadurecer, depois, murchar, cair na terra e apodrecer. Porque então forçar uma ou mais dessas etapas pelas quais nós e as bananas devemos passar? Pra que tanto Carboreto?

Se deixarmos o barco a mercê das ondas, em breve pularemos da infância pra fase adulta, sem sentir os frios na barriga de usar o primeiro sutiã, o primeiro absorvente, o primeiro beijo e claro a perda da virgindade. Seremos então como as bananas que são forçadas contra a natureza a serem atraentes e impecáveis mesmo que sem gosto! No entanto, muitas meninas vão passar pela vida acreditando que são jovens eternamente, belas eternamente e por fim que têm conteúdo, mas um dia se descobrirão velhas, desinteressantes e que triste, sem o conteúdo que só uma infância e adolescencia bem vividas com todos os caprichos de cada idade poderiam fornecer. Mas as estações são inclementes, e o relógio não volta mais, nem um segundo sequer. de modo que após a Primavera (infância e adolescência), e o Verão (juventude e fase adulta), chega o Outono (filhos) e infelizmente muitas meninas e meninos que ainda brincavam de carrinhos de rolimã e barbies à pouco, se vêem com filhos pra gerarem e educarem para o mundo, sem uma base psicológica e muitas vezes econômica. "Crianças gerando crianças", e ainda "Troquei minha Barbie por minha filha", esses e outros lugares comuns é que devemos aprender a evitar. Precisamos antes de mais nada aprender a respeitar a Natureza das coisas, seja a natureza das Bananas, seja a natureza das pessoas. Só assim teremos um modo de vida pleno, aprenderemos que nem tudo na vida é aparencia, pois se assim fosse, coitado do Ornitorrinco. Antes de mais nada devemos aprender a viver a vida com todas as suas fases e estações, seus anseios, seus caprichos e suas reviravoltas.

O Inverno como era de se esperar é a estação mais fria e triste do ano, porém nem por isso menos charmosa e quente. Talvez por isso esta estação represente a velhice de cada um de nós. É no inverno de nossas vidas que descobrimos o prazer de viver, de sonhar, de amar, o sabor das comidas e que podemos desfrutar mais plenamente os frutos dos trabalhos de uma vida bem vivida. Quem sabe não se germina na próxima estação?