Amo-te tanto, meu amor... Não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te tanto como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante;
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade;
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente.
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente
E de amar-te assim, muito e amiúde;
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amor mais do que pude.
Soneto de fidelidade
“De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angustia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama.
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário